terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O Fazer e o Agir

O Fazer e o Agir

Na Ética a Nicômaco, de Aristóteles,

FAZER significa aperfeiçoar algo exterior a nós, ou seja, o que importa é a qualidade do que é feito. Sob este aspecto, o que interessa é o resultado.

No AGIR, prevalece a intenção sobre o resultado. É uma ação intrínseca em que o sujeito aperfeiçoa a si próprio.

Cabe aqui a reflexão:
Sempre agimos, mas nem sempre fazemos; contudo, quando fazemos, agimos.

"Feci quod potui, faciant meliora potentes." Ou seja, fiz o que pude, façam melhor os que puderem. (Sêneca)

Contraponto poético, nas palavras de Cecília Pires:

Horizonte

Aparece no horizonte uma tênue claridade,
tal como a paz repousante do menino adormecido.
Imagino que o tempo de paz se torna realidade
e que a maré das dores não me deixou vencida.

Quero sentir no ninho, que ficou violado,
o calor aconchegante de corações frementes.
É o modo de dizer ao mundo descuidado
que mortes contribuem pra gerar sementes.

E toda vez que posso sou eu mesma livre,
fazendo desta casa o lugar das emoções
tão novas e tão velhas, mas todas elas tive.

Em caminhadas claras e em desvios possíveis
desejo continuar buscando as utopias
do sujeito de luz, de forças invisíveis.

PIRES, Cecília, Olhares Poéticos, Porto Alegre: Dacasa/ASL, 2003, p. 61.

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