domingo, 30 de janeiro de 2011

Sociedade dos poetas mortos (legendado)

EDUCADORES: Fracasso escolar/culpa?

É preciso "crer" para continuar sendo...
Profissionais? Sonhadores? ou simplesmente loucos?


Tornar-se um "educador" de fato, requer sim toda a qualificação possível, mas se prestarmos a atenção, mesmo com todas as dificuldades aí postas e impostas, ainda a buscamos, e muito...

Mas vejam! Não apenas isso, pois o que se passa é que ao longo da história estamos sendo mitigados, apenas; o que não significa afirmar com isso que seja menos penoso. Como todas as formas de totalitarismos, isso o que a mídia, a governança e a sociedade como um todo impõem à cada dia: a culpa pelo "fracasso escolar".

Mas pensem! Essa culpabilidade atribuída aos professores diante do "fracasso escolar", nada mais é do que o reflexo de uma "governança" que já não dá conta de suas atribuições. Talvez por isso tanta necessidade de provar o "despreparo dos professores", pois isso é precisamente o que "sus-tenta" (por baixo tenta) justificar um salário que já não "sustenta"... Nesse sentido, penso que há aí uma subverção quanto ao significado do que seja, moral, ética, responsabilidade, compromisso, paixão, interioridade... palavras que perderam o seu sentido original.

Sob este aspecto, talvez, sejamos mesmo culpados. Por quê?

Pelo fato de que um "educador" necessita muito de sonhos e até mesmo uma certa dose de "loucura". Em todo o amor há também uma porção de loucura. É preciso "crer" para continuar sendo...
O que, por sua vez, não significa que aceitemos isso que nos é imposto: culpa por uma falência cuja responsabilidade é de toda a sociedade.

É preciso crer para permancecer centrado, responsável, apaixonado... jamais deprimido, cansado, humilhado...

É preciso "crer" no ser humano, sobretudo, acreditar que há em cada um de nós a possibilidade de transformação e mudança.

Sejamos, pois, sonhadores, apaixonados e até mesmo loucos, não importa! Afinal, parece que é mesmo isto que nos constitui. Acaso pode haver outra razão que possa justificar a continuidade de uma classe totalmente desacreditada? Ora, muito estudamos, somos professores, mestres, doutores. Nos tornamos, portanto, somos.

O que já não é mais concebível é que continuemos assumindo essa culpa. Culpa que aliás, é uma excelente arma retórica que ataca somente aqueles que sabem o significado do que seja interioridade, paixão... Mas bem sei que não é isso o que destitui, caso contrário não teríamos tantos exemplos de verdadeiros "heróis" da educação.

Somos todos um tanto loucos e também santos sonhadores... afinal, que somos sem eles, os nossos sonhos? Continuemos desejando, mas não esqueçamos quem somos, nossos valores, nosso legado, nossa sabedoria. Afinal, em um país que se diz "emergente", somos e seremos sempre fundamentais, por mais que tentem negar as novelas do horário nobre, os reality shows, enfim, as classes massificadoras dominantes, cujos "valores" impostos são bem outros...

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