A dor é também um prazer, a maldição é também uma benção, a noite é também um sol; ide embora daqui, senão aprendereis: um sábio é também um louco.
Dissestes sim, algum dia, a um prazer? Ó meus amigos, então o dissestes, também, a todo o sofrimento. Todas as coisas acham-se encadeadas, enlaçadas pelo amor - e se quisestes, algum dia, duas vezes o que houve uma vez, se dissestes, algum dia: “Gosto de ti, felicidade! Volve depressa momento!”, então quisestes a volta de tudo! – tudo de novo, tudo eternamente, tudo encadeado, entrelaçado, enlaçado pelo amor, então, amastes o mundo - ó vós, seres eternos, o amais eternamente e para todo o sempre; e também vós dizeis ao sofrimento: “Passa momento, mas volta!” Pois quer todo o prazer – eternidade! (NIETZSCHE, Assim Falou Zaratustra, 2005, p.377).
Dissestes sim, algum dia, a um prazer? Ó meus amigos, então o dissestes, também, a todo o sofrimento. Todas as coisas acham-se encadeadas, enlaçadas pelo amor - e se quisestes, algum dia, duas vezes o que houve uma vez, se dissestes, algum dia: “Gosto de ti, felicidade! Volve depressa momento!”, então quisestes a volta de tudo! – tudo de novo, tudo eternamente, tudo encadeado, entrelaçado, enlaçado pelo amor, então, amastes o mundo - ó vós, seres eternos, o amais eternamente e para todo o sempre; e também vós dizeis ao sofrimento: “Passa momento, mas volta!” Pois quer todo o prazer – eternidade! (NIETZSCHE, Assim Falou Zaratustra, 2005, p.377).
O ETERNO RETORNO é a formula certeira para que o ser humano se auto avalie sobre seu grau de amor e felicidade em vida. Ter a possibilidade de viver tudo novamente sem retoque ou mudanças, viver as mesma vida cada segundo em toda a extensão da vida que era antes. Você viveria tudo novamente? Um sim implica na sua inteira satisfação desde o alfa ao ômega e o não é a insatisfação, o algo faltando, o vazio que não foi prenchido, a reclusão da sua vida como ela é. Abraços!
ResponderExcluirOlá caro Sedentário,
ResponderExcluirObrigada pelas observações!
Considero Nietzsche um pensador visionário e extremamente atual. Seus aforismos apontam para nós mesmos e na medida em que conseguimos fazer esse retorno compreendemos as próprias limitações. Contudo, o que se revela, me parece, é a possibilidade de alguém "apaixonado" pela existência. Daí a compreensão de que a ambiguidade faz parte e precisamente porque isso também nos responsabiliza "tudo quer eternidade"...
abraços
Denise
""apaixonado" pela existência" ... excelente
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