segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

biografia de dostoievsky 1.wmv

Quanto a biografia de Dostoievski, tive a oportunidade de ler apenas o 4º volume de José Frank: Dostoievski - Os anos milagrosos: 1865-1871. Estes vídeos, no entanto, parecem retratar com bastante clareza a vida deste célebre autor Russo. Na medida em que busco saber um pouco mais sobre esta personalidade fascinante, torna-se evidente o modo como ele soube retratar em seus personagens os mais variados perfis psicológicos. E mesmo que não tenha lido toda a sua obra, sua biografia revela que há, na grande maioria de seus personagens, uma identificação autobiográfica .
Cresce, assim, o desejo de continuar lendo suas novelas, pois encontro, sempre e mais, uma personalidade inquieta e insatisfeita que busca os mistérios da alma humana. Daí a exposição aos limites do caos na própria existência, pois Dostoievski desceu fundo na dor para buscar os mistérios da própria psique. Sob este aspecto, estou convencida de que Dostoievski intuiu, tanto quanto Nietzsche e Kierkegaard, por exemplo, que a genialidade como escritor somente era possível mediante essa busca sincera e “apaixonada” pela verdade do ser humano. Penso que o fato de terem sido praticamente contemporâneos não é o fator de maior aproximação entre eles, pois o que se passa é que há mais coincidências em suas trajetórias do que normalmente podemos pressupor. Talvez, seja essa a razão pela qual somos sempre, a cada leitura, instigados por suas provocações, o que sem dúvida é fascinante.
Na realidade pretendo salientar, como traço de aproximação entre eles, o fato de que é com exemplar honestidade que eles apontam para o encontro com seus próprios defeitos, suas tragédias e seu caos. Personalidades apaixonadas é o que vejo, pois há nestes pensadores o desejo de comunicar, fazer com que seus leitores se identifiquem, seja com seus personagens, ou seus pseudônimos, para a partir disso repensarem sobre si mesmos. São exemplos de que olhares rigorosos sobre si possibilitam uma visão com maior clareza sobre o mundo, suas formas de poder, dominação e massificação.
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Um comentário:

  1. Quem ainda não conseguiu ler as obras completas de DOSTOIÉVISKI, basta apenas ler as duas que a meu haver tem o mais alto grau de sublimidade: CRIME E CASTIGO e MEMORIAS DA CASA DOS MORTOS a psicologia presente nesta duas obras é fascinante, o que DOSTOIÉVISKI faz com os seus personagens é espetacular ele vira completamente ao averso todo o ser humano, ele entra dentro de cada personagens e absorve todo conteúdo até não mais haver nada. Ao expor todo sofrimento, toda desordem de ideia, toda construção do ambiente em volta em seus mínimos detalhes e então ele se eleva quando entra com discursos filosoficos e psicanaliticos sobre a vida, o ser humano, a sociedade, o mundo dentro de cada romance. É simplesmente genial. O estudo do comportamento pertubador do ser humano em uma sociedade insana não é melhor trato em nenhuma obra senão nas obras de DOSTOIÉVISKI. ABRAÇOS

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