Na palavra, daquilo que é possível pronunciar, sempre há o que subjaz nas entrelinhas. Por vezes, o que é dito mostra apenas o reflexo de uma profunda solidão e melancolia, outras vezes emerge o seu contrário: uma alegria exacerbada. Isso que aparentemente se mostra é possível, mas talvez não seja apenas isto.
Nas diversas formas de expressão da vida enquanto arte, podemos pensar que a constância do riso, aquela alegria visível pode até ser mesmo alegria, mas pode ser também que seja apenas máscara. Já a tristeza aparente, o dizer poético, aquele distanciamento do olhar pode ser mesmo tristeza, mas pode ser do mesmo modo solitude. O olhar sobre si enquanto reflexibilidade, aos olhos dos demais pode parecer melancolia, mas pode ainda que seja riso.
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