sábado, 16 de abril de 2011

Desejo inominável

Escrevo na ânsia mesma de desvendar esse inominável que há em mim, mas o que se passa é que tanto mais escrevo, mais aumenta o desassossego. Acaso haverá um nome para essa intrigante inspiração? Interioridade minha que se oculta e parece encobrir o que não dou conta de pronunciar. Há nessa busca uma espécie de anseio pelo encontro; mas encontro onde? Daquilo que sou capaz de revelar, como fumaça, parece logo desvanecer, pois do mesmo modo que se deixa ver, logo encontra outro abrigo. Inspiração: será sempre essa espécie de renascimento, criação e reinvenção? Afinal, escrevo para ocultar ou desvelar quem sou? Eis a vida enquanto arte!



"ne cède pas sur ton désir."



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