quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Tragédia grega: entre a hermenêutica e a psicanálise.


Colóquio: A Tragédia grega: entre a hermenêutica e a psicanálise. 
Filosofia Unisinos – (novembro/2008)
Prof. Dr. Luiz Rohden e Prof. Dr. Mário Fleig.

Condição: “Quem não ouve tem de sentir”   
Na tragédia grega o significante opera sem ser nomeado, ou seja, do ato de instruir e dar prazer resulta a compaixão e o temor. Resumidamente podemos pensar que na tragédia grega o que se passa com o expectador é que "por um viés indireto" ocorre uma espécie de empatia, ou seja, a possibilidade de colocar-se no lugar do outro. Como um movimento circular de abertura do sujeito, inicialmente significa um sair de si, enquanto auto-esquecimento, para retornar a si como uma fusão de horizontes. Aqui uma possibilidade de autoconhecimento. Enquanto condição humana, apreender o real entre a dor e a compaixão significa o aprendizado pelo sentir, um novo olhar que movimenta o sujeito para a dimensão da responsabilidade, ou seja, ações reguladas por escolhas mais éticas e menos perversas. Como pensar estas questões em nossos dias é também a proposta desta conferência que tive o privilégio de presenciar. Sendo assim, minha proposta hoje é partilhar destas significativas reflexões que sem dúvida tem muito a nos dizer sobre alguns dos impasses do nosso tempo.



Prof. Dr. Luiz Rohden e Prof. Dr. Mário Fleig.

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