domingo, 2 de outubro de 2011

O desconfiado, o amoroso e o saber

A atitude de, por desconfiança, não crer em absolutamente nada (o que é bem diferente do saber a respeito do equilíbrio das possibilidades opostas entre si) ou de crer em tudo por amor, não é portanto um conhecimento e nem é, de modo algum, conclusão tirada de um conhecimento: porém, é uma escolha que surge justamente quando o saber estabeleceu o equilíbrio das possibilidades contrárias; e nessa escolha, que por certo tem a forma de um juízo sobre os outros, aquele que julga acaba por se revelar. [...] Nós humanos temos um temor natural de cometer erros ao formarmos uma opinião boa demais sobre uma pessoa. O engano que consiste em formar uma opinião ruim demais sobre outra pessoa, por outro lado, quiçá não se tema, pelo menos na mesma proporção que o primeiro. (KIERKEGAARD, As Obras do Amor)

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