Acredito no pressuposto de que pathos somente existe na imperfeição que nos é própria. Nesse sentido, a ironia consiste precisamente no fato de que a nossa possibilidade amorosa ampara-se sempre numa certa harmonia entre pathos e cômico. Aqui, minha concordância com Sören, quando da sua afirmação:
A existência mesma, o existir, é esforço, e é tão patética quanto é cômica; patética porque o esforço é infinito, i.e, dirigido ao infinito, é um processo de infinitizar, que é o mais elevado pathos; cômica porque o esforço é uma auto-contradição. (Pós-Escrito, Kierkegaard)