terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Derrida: on Love (2002)



Derrida, leitor de Kierkegaard...
.....
Na fala de Derrida algo se aproxima das significações sobre o amor, já elaboradas por Kierkegaard no século XIX. Para Derrida, a questão é que somos capazes de produzir apenas generalidades sobre o amor e, portanto, ele próprio se julga incapaz de elaborar tal definição.
O que se passa é dar conta na distinção entre o que seja ainda o amor de si e o amor ao primeiro tu, como diria Kierkegaard.
A aproximação ocorre, me parece, quando Derrida é questionado sobre o interesse de Platão sobre o que seja o amor. Apesar de afirmar que aqui estamos falando do amor no geral, para ele a questão está justamente na diferença entre: a quem e o quê.
Nesse sentido, a questão fundamental que ele coloca é a seguinte: o amor é amor por alguém, ou é amor por alguma coisa? Amo alguém na sua singularidade absoluta, ou seja, o que ele é, o tu? Ou amo isso que o outro faz, sua qualidade, sua inteligância? Amo alguém, ou alguma coisa em alguém?
Portanto, para Derrida a história do amor se divide entre, a quem e o quê.
A diferença entre um e outro é precisamente essa: amar o outro em sua singularidade absoluta, ou seja, o olho que vê é amoroso e é por isso que ele ama, ou amar isso que o outro faz (o que não significa dizer que nisso consiste "compreender" o que ele seja) e que, portanto, ainda é uma espécie de espelhamento (amor de si).?.

Nenhum comentário:

Postar um comentário