sexta-feira, 19 de março de 2010

Diário do Sedutor - Sören Kierkegaard


Em "O Diário do Sedutor", Kierkegaard, utiliza o pseudônimo Johannes para demonstrar a figura do Esteta. (Conforme Kierkegaard, o indivíduo pode experenciar três modos distintos em sua existência: o estádio estético (Don Juan), o estádio ético (Fausto) e o religioso. Importante ressaltar que os estádios não seguem necessariamente uma ordem. O que se passa é que um indivíduo pode significar, a exemplo do pseudônimo Johannes, toda a sua existência na figura do esteta. No livro, Johannes troca correspondências com a sua "amada" Cordélia. O objetivo (exclusivamente egóico) se volta para a conquista, (objetivação do outro) cujo "instante", uma vez concretizado perde a significação e o sentido. Assim como Don Juan, ele busca apenas a sensualidade e o prazer como meta última de sua existência. Por essa razão o seu existir é apenas para o acaso. Uma vez que não há um retorno reflexivo sobre si mesmo, a possibilidade de escolher o próprio futuro torna-se inexistente e é isso que faz Johannes tornar-se indiferente ao bem e ao mal. Para ele, interessa apenas o presente e o imediato, isto é, o instante em que ele deseja para si todo o universo. Nesse sentido, é também a razão pela qual ele jamais se responsabiliza. Eis o que Kierkegaard significou como a existência estética:


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